quarta-feira, 21 de maio de 2008

lindas

lenas


ela enche meu coração de sonhos, de beijos e de desejos; preenche minha alma, afaga meu ego, afoga empáfias, refuga 'a refregas, refrigera-me a infância que me aflora agora.

temos giulita, uma joaninha sapeca, lépida e inteligente. amiga-nos, ama-nos, une-nos; ludicamente. temos como que um coração que se reparte em três, mas que não se divide. temos tantos momentos felizes juntos. tantos sorrisos, tantas ternuras. tantros... tantras...

e temos, ainda, uma vida inteira pela frente.


lelê teles, brasília

ecofagia ou eco-lógica

eu e ela
QUEREM A FLORESTA VIRGEM
OUTROS A QUEREM DEFLORAR
AFLORAM ANTÍPODAS DIRETRIZES
REFLORESTAR, DESENVOLVER OU DESFLORESTAR

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QUANDO FALAM EM MEIO AMBIENTE
COGITA-SE FAUNA, FLORA E PURO AR
A QUESTÃO É QUE NO MEU AMBIENTE
HÁ MUITA GENTE E BARRIGAS A ALIMENTAR

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NÃO QUERO UM JARDIM ANTROPOLÓGICO
COM SILVÍCOLAS NA IDADE DA PEDRA
NÃO QUERO ESSE MUSEU VIVO, ETERNO E ILÓGICO
DE QUE A NOVA ERA É A ERA QUE JÁ ERA

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O QUE EU QUERO É
QUE HOMENS PLANTAS E ANIMAIS
ÁGUAS, PLÂNCTONS E CORAIS
VIVAM CONTÍGUOS E FAGOCITÓSICOS
CONVIVAM CONTIGO E COM OS DEMAIS


Lelê Teles

seu estrelo e o fuá de terreiro


os maravilhosos músicos-bailarinos do Seu Estrelo e o Fuá de Terreiro


sim, nós temos um mito.



eu vi nascer um calango na cabeça do amigo. diferente de todos os calangos do cerrado, esse nosso pequeno dinossauro era um pterodáctilo empoeirado, um pégasus que rasteja, o mítico Calango Alado. e toda uma fauna exótica nascia com ele: elefante, gavião, caliandra, Sinhá, Biu, Cantadô, Pescadô... e cada minina bunita, cada pé de fulô.


o folguedo se assanha a gritos, batuqes e apitos. a gente se assenta ao rito, à roda, ritmo e riso; e o troço mais bonito é o desenrolar deste mito. o povo se refestela, a fauna se gravanha, o coração da gente martela, a alma da gente se banha.


Agradeço mil vezes a Tico, demiurgo criador encantado, que tem a alma suja de mangue e tem no sangue a poeira líquida do cerrado.



Lelê Teles, Brasília