segunda-feira, 30 de março de 2009

nefertari, a mais bela


à noite, embriagado de paixão e êxtase, mergulhei em oníricas e piramidais digressões. E lá estava eu, como o pai do grande Imhotep, o construtor de pirâmides, a apreciar uma das mais belas formas femininas que o mundo já viu.



os cântaros jorravam perenemente líquidos aromáticos pelo interior do palácio, as divas vagavam com seus passos lépidos, ventilava uma brisa revolvida pelo adejar das aves canoras; de castiçais, luziam as flâmulas eternas.



nefertari, a musa poetisa de meu palácio, reluzia em todo o seu esplendor. Tecidos finos envolviam seu corpo nu, transparecendo toda a magia de sua soberba beleza. Soa o som das flautas, Nefertari dança votivamente em minha direção. Seu semblante delicia-me, seus olhos me sugam, as mãos serpenteiam levemente descrevendo enigmáticas formas no ar; meu coração desanda, minha imaginação desnuda-a, meus olhos marejam, embaçam, embuçam, o corpo tremeluzente regela, o suor me afoga, os lábios se crispam secos; Nefertari me afaga. Embora seus olhos sejam imantados, como os de uma deusa, sou tragado pelo chácara ondulante de seu ventre. Num frenético e delicioso movimento de cadeiras, cintura, quadris, ventre livre e umbigo. A cada jogar de quadril uma peça fina do delicado tecido colorido cai de sua cintura.



a luz, que provêm dos castiçais, aumenta a dramaticidade na nave do palácio; esmaecida, tremeluzente, agora ela revela somente a silhueta delgada da deusa. Nefertari está nua, levo-a para o pálio de sedas, ela me desnuda. As bocas se beijam, as mãos se abraçam, os corpos se lambem. O umbigo, as bordas eriçadas dos pelos do umbigo convidam-me. Sugo, sorvo, embriago-me de sua pujante e jorrante fonte de delícias, Nefertari, como convém às deusas, reluz em seu semblante de êxtase, ofega hídrica e épica. Entramos um dentro do outro, e juntos cavalgamos numa viagem de sentidos e sensações, o cavalo alado em que nos transformamos leva-nos ao paraíso dos amantes lívidos.



nefertari, minha deliciosa deusa, seu corpo é todo um poema em homenagem ao sol, e pra lá estamos indo, quentes, úmidos, abrasivos e tântricos. Feliz és o Egipto e toda a sua gente: um faraó amante e amado, uma rainha divina e cheia de encantos, faz um reino de beleza e delícias ser o paraíso para os que nele vivem. Feliz é o povo de Nefertari, feliz é a nação de Egipto, mais feliz sou eu, Ramsés II, aquele que é visitado pelo amor em seus sonhos reais de alcova.



ah, como sou venturoso, ah como é feliz a minha alma, como é fraterna a minha musa, como é doce o meu destino. Em teus braços quero morrer, bela Nefertari, em prazeroso e tântrico deleite!


Lelê Teles, Brasília

quarta-feira, 18 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

my michelle

a senhora Obama e seu charme inconfundível

Michelle
ma belle
Sont les mots qui vont trés bien ensemble
Trés bien ensemble
(Lennon and McCartney)

eva uma ova

eva
Eva não foi a primeira mulher
Eva foi a primeira mulher de Adão
Ele tinha outras!