terça-feira, 25 de novembro de 2008

E se você estivesse aqui

Isis, minha amiga do coração.


Hoje mesmo eu estaria, se aí estivesse, a atirar pedras n'água e ver os círculos concêntricos se abrindo pela força centrífuga que a pedra suscita. Como um náufrago que encontra a garrafa e bebe a carta que nela habita.
E a cada pedrinha, uma nova ondina rodopiando na minha cabeça, chacoalhando tudo para por tudo no lugar, só para desarrumar depois; infinitamente. Se aí estivesse sentiria o mesmo que você sente.
Se tivesse aí, agora, a ver o laguinho que a cachoeira produz, estaria como você, amor; estaria como o homem seminu que morreu na cruz: completamente dentro de mim e todo exterior.

Lelê Teles, Brasília

Um comentário:

Luiz Calcagno disse...

Depois você acaba esquecendo que mergulhou, se foi você ou o rio. Se foram as águas que te puxaram, ou você que saltou. Se foi sua pele que tocou a água pu a água que molhou a pele. Quem é quem nesse meio todo?