Desde há muito
Eu a imaginava em imagem vulva
Sêmem ava um poema em seu corpo
E acordava porejando suores, balbuciando beijos
Arredia e entregue, deliciosamente plena de malícia
Seus olhos e olhares imantavam-me em encantos
Defloravam-me em carícias
Ela é como uma santa impudente
Ígnea como um raio indecente
Defloravam-me em carícias
Ela é como uma santa impudente
Ígnea como um raio indecente
Meu jardim de delícias
A outra é uma deusa egípcia
Dança também em leves rodopios
No caleidoscópio de meus encantos
O ventre agarra-me como grilhões
Os olhos fulminam-me vadios
Dança também em leves rodopios
No caleidoscópio de meus encantos
O ventre agarra-me como grilhões
Os olhos fulminam-me vadios
O sorriso me lava em prantos
Com elas me elevo cantante
Elas me levam galantes
Juntos somos três amantes
Como um Adão e duas Evas
Desnudos na mata perdida
Juntos somos o pecado
Eu, Nefertari e Brida
Lelê Teles, Brasília
Um comentário:
Muito bom seu poema, Lelê. Forte, sensual e sensorial. Parabéns!
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