segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

pangrafismo

Homenagem à arte pangráfica de Luiza Gunther

O alimento pangráfico mata a fome das bocas d'alma, o elemento pangráfico se arvora numa voraz investida contra os vestais, os falsos pigmentos estéticos, os pseudo dizeres eufêmicos. O ser pangráfico é livre e não tergiversa, não retrocede, sua pulsão é de vida, sua pulsação é vivida por aqueles que compartilham o existir libertário. O pangrafismo é um elemento oriundo do corpo de Gaia, acompanha a onda votiva dos astros, o holomovimento, a holopraxis, a dança entrópica do caos!
Pangrafismos são formas de palavrear imagens e imaginar expressões por meio das imagens-palavras. É uma mixórdia, uma miscelânea, uma mistura de elementos visuais imaginários, na criação de uma imagética real, num desdobramento lúdico e lírico; lépidas palavras desafiam a inércia e a alienação; pangrafismo é uma pulsão revolucionária, é o dínamo das vozes incorformadas, lenitivo dos que buscam os antípodas, atilho dos rebeldes, emético dos punx, dos junx, dos blax...

Lelê Teles, Brasília


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