falo, vulva, ouve.

o poeta é vasto porque une-verso!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

quando éramos crianças

lua deitada no mar




Um dia...
quando ainda éramos crianças
infantis eram os nossos desejos

uma noite...
quando a lua te fez mulher
nos enrolamos em um novelo de beijos

E fiacamos ali
emaranhados de ausências
presenteados com nossas presenças
tecendo o passado que nunca tivemos
e o futuo que, talvez, nunca teremos

Quando éramos crianças
não tínhamos ausências:
porque toda criança se basta

Então a gente cresceu
e a criança se libertou e se foi
mas a saudade de dançar ciranda
ainda dança em nossos corações

a tua porção criança vive em mim
a minha em ti
e foram elas que se encontraram quando nus encontramos

porque em nós dois
falta uma coisa tão pequena pra nos preencher
uma coisa do tamanho de uma infância
na medida de nossos sorrisos
e maior que nossas lembranças



Lelê Teles, Brasília

Postado por Lelê Teles às 08:52

Um comentário:

Tiago Ianuck disse...

interessante. tem coisas boas no seu blog. gosto de prosa e de poesia.

de repente você se afine às minhas escrivinhações também:

http://narizdeesquimo.blogspot.com

17 de janeiro de 2008 às 03:35

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