estás ouvindo, Sofia?
são os sabiás assoviando em felicidade.
dê cá a tua mão. bota aquele teu vestido florido que te liberta o corpo e deixa o vento ventar.
adorna uma das orelhas com uma flor ainda úmida e brinca com um brinco de folha seca que colheste no outono e guardaste em tua agenda, deixa ela farfalhar no teu ouvido.
mas antes, deixa um batom em cores bem vivas beijar a tua boca em brilho, perfuma-te com o odor dos campos: pescoço, dobrinhas dos braços, ombros, pulso, busto... tudo, toda!
pisa descalça na relva fresca. não é delicioso esse rocío macio? vês como abraça teus pés em carícias.
toma, envolve tua fronte com essa grinalda de alecrins. não são lindas as fímbrias que deslizam fragrante pela tua testa, a cafunar?
vês que faltam nuvens nesse céu azul? não é assim que Brasília se veste para receber a primavera?
ainda tenho comigo o pólen que me regalaste na primavera passada quando eu assoviava na tua janela qual sabido sabiá do peito amarelo.
lembras? tu vestias uma transparente camisola de petúnias e estavas deitada em um relaxante lençol de begônias.
teu quarto era um oloroso jardim com borboletas amarelas a voejar.
dá cá a mão. vamos à sombra daquele flamboyant tomar um banho de pétalas, de rosáceas pétalas.
depois atiremos um buquê daquela ponte, em seguida nos deixemos cair em mergulho alma.
vamos florir, flor!
são os sabiás assoviando em felicidade.
dê cá a tua mão. bota aquele teu vestido florido que te liberta o corpo e deixa o vento ventar.
adorna uma das orelhas com uma flor ainda úmida e brinca com um brinco de folha seca que colheste no outono e guardaste em tua agenda, deixa ela farfalhar no teu ouvido.
mas antes, deixa um batom em cores bem vivas beijar a tua boca em brilho, perfuma-te com o odor dos campos: pescoço, dobrinhas dos braços, ombros, pulso, busto... tudo, toda!
pisa descalça na relva fresca. não é delicioso esse rocío macio? vês como abraça teus pés em carícias.
toma, envolve tua fronte com essa grinalda de alecrins. não são lindas as fímbrias que deslizam fragrante pela tua testa, a cafunar?
vês que faltam nuvens nesse céu azul? não é assim que Brasília se veste para receber a primavera?
ainda tenho comigo o pólen que me regalaste na primavera passada quando eu assoviava na tua janela qual sabido sabiá do peito amarelo.
lembras? tu vestias uma transparente camisola de petúnias e estavas deitada em um relaxante lençol de begônias.
teu quarto era um oloroso jardim com borboletas amarelas a voejar.
dá cá a mão. vamos à sombra daquele flamboyant tomar um banho de pétalas, de rosáceas pétalas.
depois atiremos um buquê daquela ponte, em seguida nos deixemos cair em mergulho alma.
vamos florir, flor!
Lelê Teles
Nenhum comentário:
Postar um comentário